Tantos momentos
em que pergunto a mim
até quando?
Escrevi muitos poemas
com o coração cheio de amor
para a Mulher que amei muito!
Ela sonhou, viveu
e pelo futuro ser incerto
também sofreu
e eu
em minhas palavras
evidenciava o sentimento
desse sofrimento!
Foi a flor dos meus poemas,
a musa que me inspirou
e que me fez criar encanto!
Penso sempre
que estes são os últimos versos,
mas logo vejo
que são os primeiros dos últimos.
Hoje a inspiração tem outro caminho:
a lembrança, a saudade,
que nos encanta e desencanta,
porque tudo está longe,
os corpos, as cidades,
o querer e não poder!
Fica a esperança
de um dia também incerto
- só Deus sabe –
nos encontrarmos como almas
num local divino,
que nos levará ao perdão na Vida!
José Manuel Brazão