Beija-me como se o tempo curvasse para nos observar,
sinta o soprar de minha vida entre em teus lábios,
embriague-se do néctar que carrego na saliva,
no delicado roçar de nossas bocas em absoluto silêncio...
Entrego-me ao teu corpo; em nenhum momento reluto;
quero-te nu das roupas, das taras, das vaidades...
Vou-te sorver da alma, saciar de meu corpo as vontades
Toca-me a pele com as pontas de teus dedos, colha arrepios,
de meu intimo os gemidos, de meus olhos os segredos...
Desejo-te dentro de meu corpo por inteiro, prazer verdadeiro!
Faço-te a alma cativa, pelas curvas de meu corpo rendido,
como se derradeiro momento de prazer em vida...
Beija-me apenas; deixe as pressas para o Tempo
que impaciente não compreende; as sutilezas da vida...
Anna Carvalho
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