Nessa tarde a saudade do passado me invade,
faceira, espalha-se inteira dentro de mim.
Traz-me o cheiro daquelas tardes de Outono;
o gosto da terra úmida na ponta da língua,
o vento provocando todos os meus sentidos...
Caem agridoces lágrimas de meus olhos,
o coração se perde entre o tempo e o vento.
De olhos fechados, projeto minh’alma ao passado;
como se voasse os montes, por dentre os vales
e pousasse como pássaro no abrigo do peito
Ouço o silêncio da saudade, os passos do tempo,
o sussurrar da realidade querendo-me de volta.
Assim perco horas viajando dentro do meu infinito,
sentindo na pele o toque sedutor da nostalgia,
Voando ao passado; revivendo as tardes de Outono.
Anna Carvalho
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